quarta-feira, 17 de junho de 2009

Aos Bastardos

Me estagnei musicalmente, graças a minha preguiça crônica que fatalmente me impedia de pesquisar por coisas novas e interessantes que não eram divulgadas por veículos comuns de massa. Tinha contato apenas com o que me era colocado diante da fuça. Por isso andei meio que avesso a novidades, uma vez que quase tudo que me era servido na bandeja da mídia, ainda que me agradasse, não conseguia me tocar. Mas ironicamente a MTV me apresentou uma banda nova pra mim que, não só me tocou, como fez minha cabeça definitivamente. Um programa chamado COLUNA MTV (que divulga de forma original algumas pérolas musicais desconhecidas) me jogou na cara uma tal “HEARTLESS BASTARDS”. Bateu na hora. Não sei exatamente por que. A barulheira noventista que me educou em vários aspectos na adolescência vem sendo revista por várias bandas, mas essa banda me pareceu se apoderar daqueles sentimentos de outrora de forma perfeitamente atual e sem parecer velha ou saudosista. Acordes simples e pouco numerosos, cacofonias contidas, interferências de elementos alternativos como viola, violoncelo, e a voz da Erika Wennerstrom.

A voz dela merece um parágrafo à parte. Um timbre que eu não conheço referências ou comparações, uma força discreta que vem à tona somente quando necessário, normalmente pra pontuar o sentido visceral de suas poesias. Erika (único membro que nunca saiu da banda) não carrega a banda nas costas, mas nas cordas vocais e nas palavras melancolicamente desconcertantes.

Se cabe recomendações específicas, comece pelo último álbum “THE MOUNTAIN” ouça de cabo a rabo, e depois pense a respeito.

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